Já passam das nove horas e decidi escrever-te uma carta, cujo tipo rótulo que se pronunciava de "amor", vai ser deixado de parte porque agora passaste a ser o mundo onde eu pertenço e lugar que não quero abandonar. A esta hora calculo que já estejas a dormir na cama onde queria agora estar mesmo ao teu lado na almofada do lado esquerdo, com os nossos dedos entrelaçados. Mas como não me posso render ao teu olhar no encanto da noite enquanto a janela está fechada, escrevo para ti e construo frases de saudade e sentimentos que contêm uma mistura muito especial, que como já deves ter calculado sem rótulos.
A minha alma supera todas as expectativas e mais algumas, nem calculas o quanto ela pensa em ti, enquanto tu estás fora do alcance do meu olhar.
Podia lamentar-me por estares um pouco longe do que o habitual, mas já ouviste falar em saudades - eu sei que já me disseste vezes sem conta que tens saudades minhas - aquelas saudades que deixam o coração apertado mas nunca desatento. Eu podia ser daquelas pessoas que podiam ser iguais a todas e simplesmente deixar tudo aqui e ir atrás de ti sem te largar, mas como sabes sou diferente e gosto de sentir saudades.
Sabes o meu pior defeito - não consigo esperar, odeio esperar - mas o melhor de tudo é que este meu defeito que nunca me atormentou - mas já deu cabe da cabeça de muita gente - contigo não funciona, permanece fechado numa caixa, porque tu mereces toda a espera e mereces que eu te saiba dar valor longe ou perto.
Se soubesses o quanto escrevo sobre ti;o teu nome;o teu espírito único, dirias-me em tom de brincadeira para publicar um livro.
As palavras estão a ser demasiadas, sabes bem como sou e sabes bem que se pudesse escrevia, e escrevia e sem dares conta a minha mão pela qual eu escrevo, estaria tão fraca mas ainda assim continuava a escrever.
O amor é infinito, o nosso até pode ser um deles sabes bem disso e tu próprio já mo ditaste ao ouvido. Já passa da meia noite, hora esta em que me deixo com o olhar aceso, com a espera de uma palavra tua.