Tenho medo, medo do futuro, medo do mundo, medo da vida que foi sempre má para mim. Tenho visto sempre a felicidade correr-me por entre os dedos como água límpida que coisa alguma sustém; tenho visto passar tudo, morrer tudo em volta de mim, como fantasmas que vejo passarem ao longe, numa estrada cheia de sombras , e assim, tudo em mim são sombras, indecisões, murmúrios, coisas que não entendo bem, que não distingo bem .